quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Riscos envolvidos no Baixo Peso

Se tem um historial de magreza ou se perdeu peso recentemente, monitorize o seu peso e procure manter um Índice de Massa Corporal acima de 18,5 kg/m2.

Sabia que muitas pessoas têm dificuldade em aumentar de peso, mesmo num contexto de elevada prevalência de obesidade? E que a magreza excessiva está mais fortemente associada à mortalidade que a obesidade (com excepção da obesidade mórbida)?

Os baixos valores de densidade óssea são uma das consequências mais comuns de pessoas com peso insuficiente. Destacam-se duas razões principais para este facto: por um lado as pessoas com baixo peso têm geralmente uma menor quantidade de massa muscular - fundamental para causar alguma carga mecânica no sistema esquelético e estimular o depósito de cálcio nos ossos; e o baixo peso resulta num menor impacto com o solo no decorrer das actividades quotidianas, situação que também não favorece a manutenção de ossos densos e saudáveis.

Paralelamente, pessoas com peso insuficiente, se associado a sub-ingestão calórica, têm também uma maior tendência para apresentarem deficiências nutricionais, condição que prejudica bastante a saúde.
Dificulta por exemplo a recuperação de doenças - especialmente quando se trata de patologias crónicas como o cancro - resultando num maior risco de mortalidade.

A subnutrição pode ainda levar à disfunção de algumas glândulas - como a supra-renal, a hipófise e a tiróide – bem como à perda de energia, distúrbios psicológicos e uma pior imagem corporal. Se tiver dificuldades em adquirir um peso normal de forma autónoma, procure apoio nutricional e psicológico de especialistas nestas áreas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fast-food

Estamos num mundo bastante acelerado, por isso tudo o que nos ofereça comodidade e conveniência a baixo custo, tem futuro garantido. É por isso que algo que venha de acordo com as nossas necessidades, se acaba por tornar rotina nas nossas vidas, tal como a indústria dos “fast food”.

Este tipo de indústrias, tem vindo a crescer nos últimos tempos, pelo facto de estarmos inseridos numa sociedade que vive em constante stress. O problema é, que essas indústrias e a nossa falta de tempo, pode-nos conduzir para graves problemas de saúde, tais como obesidade, colesterol, problemas cardiovasculares, entre outras, doenças que nos podem levar a morte.

Actualmente não se pensa muito numa alimentação saudável, porque isso é sinónimo de demorar e de trabalho. A questão é: será que o nosso organismo aguenta muito tempo a falta de proteínas, minerais, vitaminas, fibras, e hidratos de carbono e excesso de gordura?! A resposta é obviamente que não, tal como temos vindo a falar, o nosso organismo necessita de uma alimentação completa, equilibrada e variada, onde comemos alimentos diferentes dentro de cada grupo, variando semanalmente, e nas diferentes épocas do ano, isso irá servir para melhor desenvolvimento intelectual, bem-estar físico e psicológico e na prevenção de doenças crónico degenerativas.

Antes de comeres estes tipo de comida no teu dia-a-dia para poupar tempo, pensa no tempo que depois vais ter que poupar para as tuas doenças!!


Distúrbios alimentares

A anorexia nervosa é um distrúbio alimentar que afecta normalmente os jovens e as mulheres, embora também possa afectar o homem. Geralmente, a anorexia tem começo na adolescência. Calcula-se que uma em cada 100 adolescentes sofrem desta doença. As pessoas que sofrem desta doença têm pavor de ganhar peso e vivem obcecadas com a forma ou tamanho do seu corpo.
Os sintomas ou comportamentos que podem indicar a existência de um distúrbio alimenta
r são:
* Desejar fazer exercicio fisico constantemente;

* Ficar obcecado com a ideia de ser gord
o;
* Vomitar ou tentar induzir o vómito;
* Tomar laxantes;
* Sofrer de perturbações do sono e ter dificuldades de concentração na escola;

* Em casos extremos, os braços e pernas podem ficar magros como "palitos";
* As raparigas podem deixar de ter periodo menstrual;
* A pele do pescoço, braços e pernas pode ganhar mais pêlos.

Não existe uma causa única para os distúrbios alimentares mas sim um conjunto de causas que podem estar associadas a um acontecimento stressante ocorrido tanto no passado como no presente, como um divórcio dos pais ou pressão devido a exames.

A bulimia é mais um tipo de distúrbios alimentares. Neste caso envolve o consumo exagerado de grandes quantidades de alimentos (normalmente os que têm elevado valor calóricos) seguido de tentativas de compensar esse consumo, como passar fome ou mesmo induzir o vómito.
A bulimia trata-se do distúrbio mais comum, porém também é o mais díficil de detectar, uma vez que as pessoas não sofrem grandes alterações de peso.
Os efeitos incluem :
* Pele baça, pois fica desidratada;

* Problemas dentários, porque os ácidos gástricos atacam o esmalte dentário.

Calcula-se que a taxa de prevalência (número de casos numa população a determinada altura) da anorexia nervosa entre as jovens se situe entre 1 e 2% e entre 1 e 3% no caso da bulimia. Não são só as mulheres que sofrem de distúrbios alimentares; cerca de 10% de todos os casos ocorrem entre a população masculina.

Consulta para mais informações:

http://www.huc.min-saude/psicdisalimentares
htto://www.portaldasaude.pt

Os vários distúrbios alimentares

Para além da Anorexia e da Bulimia existem também outros distúrbios alimentares, como por exemplo: a Vigorexia, a Ortorexia, a Complusão Alimentar Periódica e a Permarexia.

A Vigorexia: típica dos rapazes, existe também em raparigas obcecadas por terem um corpo perfeito e musculado. Os doentes com esta patologia costumam ter uma imagem distorcida da realidade e acham que têm um corpo fraco e pequeno. Por isso, passam horas no ginásio e têm uma dieta muito rica em glícidos.

A O
rtorexia : Regra de ouro para uma rapariga ortoréxica é: "Dieta sem corantes nem conservantes". A dieta é baseada na qualidade dos alimentos e não no prazer que nos dá comê-los. Os doentes com esta patologia adoram comer comida biológica, e planeiam no dia anterior o que vão comer no dia seguinte. A maioria dos doentes são vegetarianos ou são obcecados por tudo o que é macrobiótico.


A Compulsão
Alimentar Periódica : em pouco tempo, ingerir grandes quantidades de alimentos ricos em calorias. Doentes com esta patalogia têm destes episódios pelo menos duas vezes por semana. Depois da ingestão compulsiva a pessoa fica com uma depressão profunda. o pior desta patologia é que esta dá lugar ao excesso de peso.

Permarexia : Vão de dieta em dieta, sabem todos os alimentos de cor e são peritas em nutrição. Nos seus menus estão incluídos os diuréticos ou produtos com fibras. Com tanto vaivém calórico acabam por muitas vezes estarem mais gordinhas e outras mais magrinhas.

SITES DE AJUDA:
- www.comportamentoalimentar.pt

- www.juventude.gov.pt

Obesidade infantil e exercício


A obesidade na infância está cada vez mais a apresentar-se como uma epidemia global. Nas últimas décadas duplicou a incidência da obesidade entre as crianças e adolescentes. Nos Estados Unidos aproximadamente 25% das crianças entre 6 e 17 anos são obesas ou apresentam risco de sobrepeso. A obesidade representa nos Estados Unidos a doença nutricional mais prevalente entre crianças e adolescentes. Nas nações em desenvolvimento, a obesidade coexiste com a desnutrição, provavelmente pela modificação dos hábitos e estilo de vida, que se tornaram mais “americanizados”.


Complicações respiratórias, como apneia do sono, asma e intolerância aos exercícios, são frequentes em crianças obesas e podem limitar a prática de actividade física e dificultar a perda de peso.

A obesidade parece ser condição familiar. Crianças com idade entre 3 e 10 anos com pais obesos têm o dobro de probabilidade de tornar-se adultos obesos quando comparadas com crianças obesas cujos pais não são obesos. Crianças de 1 a 2 anos com um dos pais obeso expressa um aumento do risco de obesidade em 28%. O status de obesidade infantil após os 6 anos correlaciona-se com obesidade na idade adulta; entretanto, a criança obesa antes dos 3 anos de idade não predispõe à obesidade na fase adulta.

O ambiente familiar influencia o desenvolvimento da obesidade na criança. Hábitos de ingerir “fast-food”, modificações da composição dos alimentos com ingestão de alimentos densos, ricos em gorduras, refrigerantes, porções de alimentos ricos em açúcar com altos índices glicéricos e aumento da porção das refeições são hábitos da família que podem levar à obesidade infantil. Pesquisas demonstram também que a inactividade da família prediz a inactividade da criança. A actividade física dos pais influencia a frequência de exercício dos seus filhos.


Tratamento


O tratamento da obesidade pode compreender três formas: comportamental, farmacológica e cirúrgica. Devemos entender que o tratamento comportamental é importante e deve acompanhar os outros métodos terapêuticos. Neste capítulo daremos ênfase ao tratamento comportamental. A tentativa de mudanças nos hábitos de vida das crianças obesas torna-se essencial, promovendo o estímulo para a prática de exercício físico, assim como estimulando a criança a realizar refeições mais saudáveis e bem equilibradas.
O tratamento da criança obesa não pode ser isolado da família. Programas de tratamento de crianças obesas que incluem múltiplos membros da família têm mais sucesso a longo prazo que programas que incluem somente a restrição alimentar da criança obesa. O tratamento de crianças obesas através de mudança de comportamento da família foi motivo de um estudo de seguimento por 10 anos. O estudo utilizou orientação da dieta, programa de exercício físico e mudança de comportamento. Os resultados indicaram que os efeitos positivos da terapia iniciada entre as idades de 6 e 12 anos poderiam persistir no adulto jovem.
Deve-se incluir na prática diária das crianças e adolescentes obesos movimentos espontâneos como brincar, correr, saltar, ir andando para a escola, etc. Iniciar uma alimentação mais saudável e equilibrada e, se possível, adoptar prática regular de actividades físicas programadas. Assim, estabelecer um incentivo maior para a aderência ao estilo de vida mais activo, incluindo desportos e modelos competitivos lúdicos.

A actividade física incentiva o compromisso da criança no controle alimentar e propicia a melhora da auto-estima. Quando comparamos a aderência de um grupo de 94 crianças obesas (IMC>95% para a idade) após cinco meses de tratamento comportamental, observamos que apenas 29% destas crianças alcançaram o final deste período. Destas, 30% pertenciam ao subgrupo de crianças que fizeram controlo alimentar, enquanto 70% faziam parte do subgrupo de crianças obesas que fizeram, além da reeducação alimentar, o exercício físico programado (três vezes por semana, uma hora por dia). Setenta e um por cento das crianças que iniciaram o programa não aderiram ao tratamento comportamental.